5 ideias falsas sobre o 5G
O 5G vai ser instrumental para as necessidades de comunicação de um mundo hiperligado. Mas muitas vezes a mudança tecnológica e a novidade trazem consigo receios - neste caso, injustificados. Esclarecemos alguns mitos e falsidades sobre a rede 5G.
O 5G não é necessário
O consumo de dados móveis tem crescido a um ritmo anual de 40%. O 5G vem dar resposta à necessidade de uma rede de telecomunicações que possa suportar cada vez mais ligações em simultâneo, e com maior eficiência. A quinta geração de comunicações móveis vai também redesenhar processos industriais, assumindo-se como o motor da transformação digital nos mais variados setores, desde a indústria à telemedicina e ao controlo de tráfego em tempo real, entre muitos outros exemplos.
O 5G vai eliminar o 4G
O 5G não vai substituir o 4G, nem esses equipamentos vão deixar de funcionar com a chegada da quinta geração. O 5G é toda uma nova tecnologia de comunicações móveis, em paralelo com as redes 4G existentes. Os utilizadores vão poder experimentar velocidades muito superiores às atuais, em qualquer lado e sem falhas, sendo necessário um equipamento 5G para isso.
O 5G causa problemas ecológicos e energéticos
O 5G é apontado como uma tecnologia de grande consumo energético e com uma pegada ecológica elevada. É precisamente o contrário. Na verdade, é a primeira tecnologia móvel a integrar normas de eficiência energética desde a sua conceção. As antenas 5G funcionam em standby, transmitindo dados apenas quando é necessário, e conseguem um consumo por GB transportado 50% inferior às antenas 4G. Em 2025, com o uso de 5G massificado, terão um consumo 10 vezes inferior por GB transportado, ao mesmo tempo que transmitem 10 vezes mais tráfego e interligam mais utilizadores.
O 5G está na origem da pandemia Covid-19
A associação do 5G à pandemia de Covid-19 é uma teoria da conspiração sem qualquer fundamentação científica. Com uma grande disseminação online, esta corrente afirma que o novo coronavírus pode ser transmitido através de ondas rádio 5G. Os vírus não se deslocam através de ondas de rádio ou redes móveis, sendo antes transmitidos de pessoa para pessoa. Entidades como a Organização Mundial de Saúde e a Comissão Europeia já alertaram para a fraude desta teoria.
O 5G é perigoso para a saúde
Os receios em geral acerca da exposição às ondas rádio 5G são infundados. Face aos conhecimentos científicos atuais sobre o 3G ou o 4G, não existem dados que permitam concluir que a exposição a campos eletromagnéticos - abaixo dos limites internacionais estabelecidos para radiações não-ionizantes -, tem qualquer impacto na saúde humana. Todas as frequências de rádio utilizadas nas telecomunicações, incluindo o 5G, são radiações não-ionizantes. Em Portugal, a ANACOM, o regulador das telecomunicações, assegura o cumprimento dos limites de emissão das radiações pelos operadores.